Pintar as paredes com cores claras ajuda a reduzir consumo de energia

Pode parecer irrelevante, mas sabia que as cores que escolhemos para pintar as paredes dos quartos ou da casa vão muito além que pura estética? As tonalidades aplicadas podem interferir diretamente na absorção do calor nos ambientes e na propagação da luz natural dentro da residência. Por exemplo, cores claras absorvem muito menos calor e refletem de maneira mais eficiente a luz natural. Resultado? O consumo de energia será menor no fim do mês.

“Usar cores claras nas paredes da casa, e também nos móveis e nas cortinas, contribui com a propagação da luz natural e com isso evita o uso das luzes artificiais. Por também absorver menos calor, diminui o uso de equipamentos de climatização na residência”, explica o gestor de eficiência energética da Celpe (Companhia Energética de Pernambuco) Daniel Sarmento.

Para ter uma ideia, um estudo divulgado em 2007 pela Agência Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) constatou que as cores que mais absorvem calor são as de tonalidade escura, como o preto, que absorve 98% do calor solar que chega à superfície, seguida do cinza escuro (90%), verde escuro (79%), azul escuro (77%), amarelo escuro (70%), marrom e vermelho escuro (70%). Os dados foram coletados levando em consideração as cores mais aplicadas em fachadas de edifícios no Brasil.

A análise, resultado da tese de doutorado da aluna Kelen Almeida Dornelles, à época estudante do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), apontou que, se as paredes externas fossem pintadas com cores claras, que absorvem pouca radiação solar, o ganho de calor também poderia ser reduzido, minimizando a necessidade de refrigeração artificial. Nesse caso, a cor branca absorve cerca de 20% do calor solar, seguido do amarelo-claro (28%), pérola (28%), marfim (28%), palha (30%), branco gelo (33%) e do azul-claro (35%).

Por isso, vale a pena repensar os projetos e tentar escolher aquelas tonalidades que unem beleza, harmonia e eficiência energética.

 

Fonte: Blog Casa Saudável – 07.01.2016